terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sobre o pão.

Ontem eu resolvi fazer um pão. Estou enrolando há muito tempo... Eu adoro fazer pão, é meio que uma mágica, acho lindo. Sem contar o cheiro que fica na casa... Pão caseiro é bem mais gostoso, nem se compara!
Teve uma fase que eu fazia toda semana, testava várias receitas diferentes, inventava. Acho que vou voltar a fazer sempre. Só que eu só faço pão integral. Tento adaptar as receitas para a proporção de 2 partes de farinha integral para 1 parte de farinha refinada, sempre. Às vezes dá certo, às vezes não... mas aí vou modificando aqui e ali, e uma hora fica bom.
Eu procuro sempre optar pelos integrais, o menos refinado possível. Açúcar, arroz, macarrão, farinha, biscoitos, etc. Além de ser melhor para a saúde, acho bem mais saboroso.
Esse pão que fiz ontém é uma modificação da receita de Pão Integral com Alecrim do Panelinha. Ao invés de alecrim, coloquei semente de linhaça e aumentei a proporção de farinha integral. Ficou assim:

Pão Integral com Linhaça

2 xícaras de farinha de trigo integral
1 xícara de farinha de trigo refinada
10 g de fermento seco para pão
1 xícara de água morna
3 colheres de sopa de azeite de oliva
3 colheres de sopa de semente de linhaça
óleo para untar
sal a gosto

Numa tigela grande, misture bem a farinha integral, 2/3 de xícara de farinha refinada e o fermento. Reserve o restante da farinha refinada para enfarinhar a bancada. Faça um buraco no centro, acrescente a água morna, o azeite e o sal. Trabalhe a massa do centro para fora, incorporando os ingredientes até formar uma bola. Sob uma superfície enfarinhada, sove a massa por 10 minutos até ficar lisa e elástica. Faça uma bola com a massa. Unte o fundo de uma tigela grande com azeite. Coloque a massa e pincele-a com um pouco de azeite. Cubra com um pano de prato limpo e deixe crescer por 1 hora ou até dobrar de tamanho. Transfira a massa crescida para uma superfície enfarinhada e aplaine com os dedos. Salpique com as sementes de linhaça. Dobre a massa e sove-a até que as sementes estejam uniformemente distribuídas. Modele o pão em formato ovalado. Unte uma assadeira grande com óleo. Transfira a massa para a assadeira e faça um corte superficial no sentido do comprimento do pão. Pincele com azeite de oliva, cubra e deixe crescer por 30 minutos. Preaqueça o forno a 180°C (temperatura média). Leve ao forno para assar por cerca de 35 minutos ou até que esteja dourado. Para verificar se está assado, bata na parte de baixo do pão (como se estivesse batendo numa porta) e observe se produz um som oco. Caso contrário, deixe assar mais um pouquinho. Quando pronto, coloque o pão sobre uma grade e deixe esfriar.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Curry!!! Humm....

Acho que eu cheguei naquela fase do vegetarianismo em que as refeições "arroz-feijão-guarnição-salada" (em que normalmente se entra quando somente sai a carne do cardápio) não satisfazem mais os olhos e o paladar. Tenho feito alguns experimentos e 2 deles precisam ser divulgados já! Acho não devem ser preparados na mesma refeição pois são muito parecidos. Me inspirei na culinária indiana, acho... Aí vão:

Arroz Cateto com Curry e Uvas Passas

1/4 de cebola ralada
1 colher de sopa de óleo de soja
1 xícara de arroz cateto integral
3 xícaras de água fervente
1 colher de chá de curry
1 colher de chá de sal
1/2 xícara de uvas passas escuras sem semente

Lave o arroz, escorra e reserve. Refogue a cebola ralada no óleo e quando estiver dourada adicione o arroz e refogue um pouco. Adicione a água fervente, o curry e o sal e deixe cozinhar em fogo baixo com a panela semi-tampada até quase sercar toda a água. Adicione as uvas passas, mexa e deixe cozinhas até secar a água e ouvir "estalinhos". Desligue o fogo e tampe a panela por 10 minutos até servir.


Abóbora com maçã e castanha de cajú

1/4 cebola ralada
1 colher de sopa de azeite
0,5 abóbora paulista com casca e sem sementes em cubos
1 maçã fuji com casca em cubos
0,5 xícara de água fervente
1 colher de café de sal
1 colher de chá de curry
3 colheres de sopa de xerém de caju

Torre o xerém de caju em uma frigideira mexendo sempre até ficar marronzinho. Reserve. Refogue a cebola ralada no azeite e quando estiver dourada adicione a abóbora e refogue um pouco. Adicione a maçã, a água fervente, o curry e o sal, mexa e deixe cozinhar em fogo baixo com a panela semi-tampada até a abóbora ficar macia e secar quase todo o caldo. Desligue o fogo. Cubra com as castanhas e sirva.

Tem outras receitas muito boas, vou publicá-las em breve. Vou tentar tirar fotos também.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Entre a colher de pau e o fuet

Estou em um dilema... Estou lendo o livro Não é sopa, da Nina Horta, e me deparei com um tipo de pensamento que realmente me identifico. Ela fala muito sobre o papel emocional e social da comida, o quanto encanamos com coisas que não têm o mínimo valor, a necessidade hoje em dia de ser original na cozinha... Receitas de bisavós, comidas que confortam, alimentos artesanais.
Ao mesmo tempo entrei hoje em blogs sobre gastronomia e fiquei embasbacada com a originalidade, decoração dos pratos, combinações inovadoras de ingredientes!
Percebi que compartilho das duas linhas.
Será que uma coisa exclui a outra? A tradicionalidade da culinária e a nova gastronomia são movimentos opostos?
Espero que não...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Vixi... será que isso vai dar certo?

Então... resolvi mesmo fazer um blog.
Só espero realmente que isso não seja mais uma das coisas que eu começo e acabo desistindo. Apesar de acreditar que tudo e todos têm um tempo útil na nossa vida...  Acho que que são exatamente essas coisas que fazem a ignição pro dia-a-dia funcionar, entende?
Tenho inúmeros exemplos disso na minha vida, desde criança. Coisas que começava a fazer com uma empolgação incrível e de repente se tornavam chatas e eu não fazia mais. Acho que na verdade o meu problema é com o lance da rotina...
O mais clássico deles é a famigerada agenda. Na adolescência minhas amigas escreviam nas agendas como se fossem diários durante o ano inteiro. E era, mesmo, muito legal ler depois de uns tempos. Todo dia 01/01 estava eu escrevendo sobre a festa de ano novo. Isso durava até mais ou menos fevereiro, depois escrevia só umas 3 ou 4 vezes por semana, até que em março ou abril eu parava completamente.
Isso sem mencionar as incontáveis modalidades de esporte que já comecei a fazer...
Mas toda regra tem pelo menos uma exceção. E a minha é a comida. Eu simplesmente a adoro, sob todos seus aspectos: antes, durante e depois de ser engolida. Adoro falar de comida, fazer, inventar, copiar, estudar, planejar, experimentar, admirar. 
Comer bem é uma prioridade na minha vida. Depois que me tornei vegetariana isso se intensificou. Não só pela saúde, mas também pelo compromisso em provar que é possível, sim, sentir prazer sem comer nenhum cadáver. Comecei a explorar muito mais o assunto. Atualmente cozinho praticamente todos os dias. Espero postar algumas das minhas preparações.
Então acho que uma boa maneira de manter o blog funcionando é falando de comida. Veremos...